O Maranhão enfrenta um aumento preocupante nos casos de síndromes gripais, que têm superlotado hospitais e afetado especialmente crianças e idosos. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), apenas em 2025 já foram registrados 1.159 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo mais de 737 apenas na capital, São Luís. O Hospital da Criança é um dos mais afetados, operando acima da capacidade.
Pelo menos oito municípios maranhenses já adotaram medidas emergenciais para conter a disseminação dos vírus, como Influenza e Covid-19, que têm evoluído para quadros graves. Dentre as ações estão o reforço de campanhas de vacinação, ampliação de leitos hospitalares e aumento do efetivo médico em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais da rede estadual.
A baixa cobertura vacinal tem sido apontada por especialistas como um dos principais fatores para o agravamento da situação. Dos grupos prioritários — crianças, gestantes e idosos — apenas 20,89% foram imunizados até o dia 21 de maio, de um total de 507.789 doses aplicadas.
O infectologista Antônio Augusto fez um alerta:
“A vacina já está disponível há bastante tempo nos postos. O que acontece é que a cobertura está baixa”, afirmou.
Na capital, São Luís, todas as unidades básicas de saúde estão aplicando a vacina contra a gripe, inclusive aos sábados. Há também pontos de vacinação em locais estratégicos, como o São Luís Shopping, que funciona até as 22h de segunda a sábado e até as 20h aos domingos. A partir desta terça-feira (28), a vacinação será estendida para todos os terminais de integração da cidade.
As autoridades de saúde reforçam que a vacinação é a principal forma de evitar casos graves e pedem a colaboração da população para frear o avanço da doença.