Irã ataca centro do Mossad em Tel Aviv; Israel anuncia morte de comandante militar iraniano
Conflito chega ao quinto dia com trocas intensas de ataques; uso de novo míssil iraniano e dúvidas sobre possível arsenal nuclear aumentam tensão internacional.
Por Administrador
Publicado em 17/06/2025 14:39
Mundo

O conflito direto entre Irã e Israel atingiu nesta terça-feira (17) o quinto dia de intensas ofensivas. A Guarda Revolucionária iraniana reivindicou o ataque a um centro do serviço de inteligência externa de Israel, o Mossad, localizado em Tel Aviv. Segundo a TV estatal iraniana, o prédio estaria "em chamas" após a ação, que incluiu uma nova rodada de ataques com drones e mísseis balísticos de longo alcance.

Durante a manhã, sirenes de alerta soaram em Tel Aviv e Jerusalém, após a detecção de novos lançamentos de mísseis iranianos. Segundo o exército iraniano, essa foi a "nona salva de ataques combinados", com o uso de um míssil inédito, desenvolvido recentemente e apresentado como uma nova capacidade estratégica do Irã.

Em contrapartida, Israel anunciou ter realizado bombardeios de represália, que resultaram na morte de Ali Shadmani, um dos principais generais iranianos, considerado próximo ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.

Especialistas internacionais alertam para o aumento da gravidade do conflito. Segundo Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais da ESPM, o Irã pode utilizar a incerteza sobre sua capacidade nuclear como instrumento de barganha militar. "O grande ponto de interrogação agora é se o Irã possui armas nucleares e se estaria disposto a usá-las em meio à escalada", avaliou o especialista.

O cenário também é de preocupação interna no Irã. O governo dos aiatolás enfrenta crescente isolamento diplomático e crise de popularidade entre a população, o que, segundo analistas, pode levar Teerã a adotar medidas militares mais extremas para reafirmar sua posição regional.

 

Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com atenção e preocupação os desdobramentos, diante do risco de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, com envolvimento de aliados estratégicos de ambos os lados, como Estados Unidos e Arábia Saudita.

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