Na noite desta terça-feira (17), pelo horário de Brasília, o Irã voltou a atacar Israel com uma nova onda de mísseis, elevando ainda mais a tensão no Oriente Médio. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou em uma publicação na rede social X que "a batalha começa", sinalizando uma escalada significativa do conflito. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram diversos mísseis cruzando o céu de Tel Aviv, enquanto explosões foram ouvidas em vários pontos da cidade.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), ao menos 15 mísseis foram lançados pelo Irã, a maioria interceptada pelos sistemas de defesa, incluindo o Domo de Ferro. Apesar disso, o jornal israelense Haaretz relatou incêndios em diferentes áreas do país, provocados por estilhaços. Sirenes de alerta soaram em várias regiões israelenses, com a população sendo orientada a permanecer em abrigos subterrâneos.
Do lado iraniano, a Guarda Revolucionária confirmou o uso de mísseis balísticos de primeira geração Fattah, alegando que os projéteis ultrapassaram as defesas israelenses e atingiram "refúgios dos sionistas". O Irã também emitiu um alerta de evacuação para parte da cidade de Tel Aviv, reforçando a gravidade do ataque.
Em resposta, Israel iniciou uma série de ataques aéreos contra alvos militares em Teerã, capital do Irã. O exército israelense emitiu um comunicado pedindo que moradores do Distrito 18, na capital iraniana, evacuem imediatamente a área, pois operações militares estavam prestes a ocorrer. Relatos apontam que a força aérea de Israel atacou instalações de produção de mísseis em Khojir, nas proximidades de Teerã.
O confronto direto entre os dois países teve início na sexta-feira (13), quando Israel bombardeou alvos militares em Teerã sob o argumento de neutralizar ameaças nucleares iranianas. Desde então, o conflito vem se intensificando com trocas de ataques e ameaças de retaliação.
O envolvimento dos Estados Unidos no conflito também se tornou uma possibilidade real. O ex-presidente Donald Trump sinalizou que pode autorizar ataques contra instalações nucleares iranianas, como o complexo subterrâneo de Fordow. Em meio a essas tensões, a Casa Branca ordenou o fechamento temporário da embaixada norte-americana em Jerusalém, por questões de segurança.
Enquanto isso, o Irã já posiciona seus sistemas de mísseis para uma possível ofensiva contra bases militares norte-americanas no Oriente Médio, caso os EUA decidam intervir diretamente no conflito ao lado de Israel.
O mundo acompanha com preocupação o aumento da violência na região, temendo que o confronto entre Israel e Irã evolua para uma guerra de maiores proporções, com consequências imprevisíveis para a estabilidade global.