Ex-assessor de Bolsonaro é preso e ficará detido em batalhão do Exército
Coronel Marcelo Câmara descumpriu medida cautelar que proibia uso de redes sociais e terá prisão cumprida em unidade militar em Brasília.
Por Administrador
Publicado em 19/06/2025 10:45
Política

O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, coronel Marcelo Câmara, teve sua prisão decretada nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprir uma medida cautelar que o proibia de utilizar redes sociais, seja de forma direta ou por meio de terceiros. A Polícia Federal informou que a prisão será cumprida nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

A detenção ocorreu por volta das 16h50, na residência de Câmara, localizada em Sobradinho, no Distrito Federal. A decisão foi motivada por uma comunicação feita pelo advogado do coronel, Eduardo Kuntz, ao próprio STF. O defensor informou ter sido procurado, via redes sociais, por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que interagiu com ele – uma violação expressa da ordem judicial vigente.

Na decisão, Moraes classificou como "gravíssima" a conduta de Câmara e do advogado, apontando uma possível tentativa de obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que mirava a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

 

Além da prisão, o ministro determinou a abertura de um inquérito para investigar a conduta de ambos. Marcelo Câmara é réu no Núcleo 2 da trama golpista, que reúne acusados de organizar e operacionalizar ações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Câmara ainda tentou utilizar o conteúdo da conversa com Mauro Cid como argumento para pedir a anulação da delação premiada de Cid, mas a estratégia acabou se voltando contra o próprio coronel e seu advogado.

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