Com prefeito foragido por morte de policial, Câmara de Igarapé Grande deve empossar vice-prefeita Etelvina
João Vitor Xavier (PDT) é acusado de matar PM durante vaquejada; vice-prefeita Maria Etelvina deverá assumir interinamente o comando da Prefeitura.
Por Administrador
Publicado em 07/07/2025 13:00
Maranhão

O município de Igarapé Grande, no Maranhão, vive um cenário de instabilidade política após o prefeito João Vitor Xavier (PDT) ser acusado de assassinar o policial militar Thyago dos Santos — conhecido como “Dos Santos” — durante uma vaquejada realizada no Parque Maratá, em Trizidela do Vale, na noite do último domingo (6). Após o crime, o prefeito desapareceu e é considerado foragido pela polícia.

O policial, que estava fora de serviço, foi baleado várias vezes após um desentendimento com o prefeito. Mesmo tendo sido socorrido por uma ambulância da própria prefeitura e encaminhado ao Hospital Geral de Peritoró, o PM não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 23h40.

Diante da ausência do gestor municipal e da gravidade da situação, a Câmara de Vereadores de Igarapé Grande deve convocar uma sessão extraordinária para dar posse à vice-prefeita eleita, Maria Etelvina Sampaio Leite, conhecida como Etelvina, também do PDT. A medida está amparada na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara, que autorizam a posse do vice-prefeito nos casos de impedimento ou vacância do cargo.

Embora a legislação municipal não estabeleça prazo exato para a posse, admite-se como parâmetro os 30 dias previstos para a posse de vereadores, salvo em casos de urgência — como o atual, que envolve suspeita de crime grave cometido pelo prefeito. A posse de Etelvina busca garantir a continuidade administrativa, a legalidade e a estabilidade institucional do município.

 

Maria Etelvina, de 55 anos, é natural de Igarapé Grande, tem ensino superior completo, é solteira e possui uma longa trajetória política. Foi vereadora por três mandatos consecutivos e, em 2024, foi eleita vice-prefeita pela coligação “Pela Continuidade do Progresso”, composta por PDT e PL. Agora, ela deverá assumir a Prefeitura de forma interina até que haja uma decisão judicial sobre a situação de João Vitor Xavier.

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