O agora ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira (2) que não é citado nas investigações sobre o escândalo que envolve um golpe bilionário contra aposentados e pensionistas. A declaração foi feita logo após o anúncio oficial de sua saída do cargo, em meio à crise que abalou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Lupi pediu demissão após a revelação de um esquema que teria desviado até R$ 6,3 bilhões, segundo apurações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Apesar de alegar que sempre colaborou com as investigações e que seu nome não aparece nos autos, o ex-ministro admitiu que foi alertado sobre o problema ainda em 2023, mas demorou a tomar providências.
“A demora de resposta do INSS sempre tinha a justificativa de ser um volume muito grande de associados, em torno de 6 milhões”, disse Lupi, em entrevista ao UOL, confirmando que recebeu o aviso sobre as irregularidades. Ele também mencionou um relatório de apuração publicado em setembro de 2024. “Era um relatório extenso e por isso profundo e demorado”, justificou.
Negando omissão, Lupi afirmou que continuará acompanhando e apoiando as investigações para que os responsáveis sejam punidos. “Se tem instituições que fraudaram e roubaram aposentados, então nós temos o dever de defendê-los. Eu tenho certeza de que tem muita safadeza de muita gente”, declarou à Folha de S.Paulo.