O senador Weverton Rocha (PDT-MA) negou, nesta quinta-feira (30), qualquer envolvimento no esquema de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), alvo de investigação da Polícia Federal. Em nota oficial, o parlamentar declarou que "não conhece e nunca tratou com qualquer que seja tais associações investigadas", e criticou como "levianas" as citações que envolvem seu nome no caso.

As apurações da PF identificaram descontos indevidos em benefícios previdenciários, prejudicando aposentados e pensionistas em todo o país. Um dos principais suspeitos é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema. Segundo o inquérito, ele teria acesso ao gabinete e até à residência de Rocha.

A assessoria do senador confirmou que Antunes esteve com Weverton, mas alegou que ele se apresentou como representante do setor farmacêutico, e que não houve qualquer tratativa relacionada ao INSS. Ainda assim, o nome do parlamentar passou a figurar em relatórios da investigação, embora ele ainda não seja formalmente investigado.

Outro ponto de atenção nas investigações é a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade com contratos antigos com o INSS e que teria apoiado a campanha de Rocha. A Contag também é alvo da Polícia Federal, o que elevou as suspeitas sobre ligações políticas com o esquema.

Caso o nome do senador passe à condição de investigado, o processo será remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), por conta do foro privilegiado. O parlamentar deve ser ouvido nos próximos dias.

Diante da repercussão, parlamentares começaram a discutir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes no INSS. O ministro Luiz Fux, do STF, já solicitou explicações à Câmara dos Deputados sobre a proposta da CPI, enquanto cresce a pressão por transparência e responsabilização.

O caso segue sob investigação e pode ter desdobramentos significativos no cenário político nacional.