O rapper Oruam passou a noite na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, após se entregar à polícia na tarde dessa terça-feira (22). O local é a porta de entrada para o sistema prisional fluminense. A expectativa é que ele participe ainda nesta quarta-feira (23) de uma audiência de custódia, que vai decidir se ele continuará preso.
A prisão preventiva foi decretada após o cantor ser acusado de sete crimes, entre eles tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
O caso ganhou repercussão após a confusão na casa de Oruam, localizada no bairro do Joá, na Zona Oeste carioca. Policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram até o local para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor de idade que, segundo as investigações, atua como segurança do traficante Edgar Alves de Andrade, o "Doca", chefe do Comando Vermelho e um dos maiores ladrões de carros do estado.
De acordo com a polícia, Oruam e oito amigos reagiram com hostilidade, jogando pedras contra os agentes e ferindo um deles. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o ataque à viatura policial e o rapper ofendendo o delegado Moisés Santana, titular da DRE.
Após o episódio, Oruam chegou a se refugiar no Complexo da Penha e desafiou os policiais nas redes sociais. Quando tomou conhecimento do mandado de prisão, apresentou-se voluntariamente na Cidade da Polícia, também na Zona Norte do Rio.
Agora, o cantor aguarda a decisão da Justiça sobre a manutenção de sua prisão preventiva enquanto segue detido no presídio de Benfica.