A cantora Alcione, ícone da música brasileira, surpreendeu o público neste sábado (2) ao fazer declarações políticas durante sua participação no programa “É de Casa”, da TV Globo. Com seu estilo direto e bem-humorado, a artista enviou um "recado" ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a divulgação de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e medidas econômicas contra o Brasil.
“Ele precisa deixar o Brasil em paz. Larga Alexandre de Moraes, que é o nosso ministro maravilhoso”, disse Alcione, referindo-se às críticas e sanções impostas pelos EUA.
Em seguida, completou em tom irreverente:
“Eu hoje, quando sair daqui, vou fazer uma macumbinha para o Trump. Uma macumbinha para ele largar o Brasil em paz.”
A fala da sambista ocorreu dias após o governo dos Estados Unidos incluir o ministro Alexandre de Moraes na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky, norma que prevê punições a estrangeiros acusados de violar direitos humanos. A medida gerou forte repercussão internacional e reação entre autoridades e apoiadores do Judiciário brasileiro.
Além disso, Trump também assinou, na última quarta-feira (30), um decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a carga total para 50%. Embora a medida preveja exceções — como suco de laranja, aeronaves civis, fertilizantes e produtos energéticos —, ela foi interpretada como uma retaliação comercial e política, aprofundando tensões entre os dois países.
A manifestação de Alcione foi recebida com risos e aplausos pela plateia do programa e repercutiu nas redes sociais, onde internautas elogiaram a postura da cantora em defender o país e o sistema democrático. Alcione, que é maranhense e conhecida por seu ativismo cultural e político, tem se posicionado com frequência sobre temas ligados à justiça, equidade social e soberania nacional.
A fala da artista se soma a uma série de reações públicas em defesa do ministro Alexandre de Moraes, que vem sendo alvo de ataques da ala bolsonarista e agora também do governo Trump. Autoridades brasileiras e entidades jurídicas também manifestaram solidariedade ao magistrado nos últimos dias.
Com informações do programa "É de Casa" e agências de notícias.
