A morte de Thayanne Mendonça, de 30 anos, no Hospital Municipal Djalma Marques — conhecido como Socorrinho do bairro São Francisco, em São Luís — gerou forte comoção e revolta entre familiares, que denunciam negligência médica no atendimento prestado à jovem. O caso ocorreu na terça-feira (15) e já foi registrado em boletim de ocorrência para que as autoridades competentes investiguem as circunstâncias do óbito.

Segundo o pai da vítima, Thayanne procurou atendimento por volta da tarde, relatando fortes dores na cabeça e na nuca. Mesmo assim, teria sido colocada em uma ala sem climatização adequada, permanecendo em uma maca sem receber cuidados emergenciais apropriados. “Ela dizia que estava sentindo muita dor, mas foi deixada em um setor muito quente”, afirmou o pai, em entrevista a uma emissora local. A jovem morreu durante a noite, horas após dar entrada na unidade.

Ainda de acordo com a família, o laudo fornecido pelo hospital indica que foi solicitada uma tomografia de crânio, mas o exame não chegou a ser realizado. Os parentes relataram dificuldades para obter acesso ao prontuário médico da paciente, informação essencial para dar andamento às investigações. “A assistente social disse que só podia entregar o laudo, e não o prontuário. Quando perguntei quando ele estaria disponível, não tive resposta”, contou o pai.

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de São Luís informou que Thayanne foi atendida, medicada e permaneceu sob observação com sinais vitais estáveis. Com a persistência do quadro, foi solicitada uma tomografia, mas, antes da realização do exame, a paciente apresentou uma piora súbita e veio a óbito.

O caso levanta novamente o debate sobre a qualidade do atendimento nas unidades públicas de saúde da capital maranhense, especialmente no que diz respeito à agilidade nos diagnósticos e ao acesso a exames de imagem em situações emergenciais. A família de Thayanne espera que a apuração traga respostas e responsabilizações, caso seja confirmada a negligência.