O Senado aprovou a convocação da advogada mineira Clara Alcântara Botelho Machado para depor na CPMI que investiga um bilionário escândalo de fraudes no INSS. A advogada atuava em defesa da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) e é citada em mais de 11 mil ações judiciais que defendem descontos mensais nos benefícios de aposentados, sem a devida autorização dos mesmos.

Clara Alcântara já havia se envolvido em uma polêmica no Maranhão, quando tentou atuar como amicus curiae em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona as indicações de conselheiros ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). Apesar da petição ter sido rejeitada pelo ministro Flávio Dino, as alegações da advogada acabaram sendo usadas para embasar investigações da Polícia Federal sobre o caso.

O depoimento de Clara Alcântara à CPMI do INSS é esperado para as próximas semanas e promete trazer mais detalhes sobre o esquema de fraudes. O caso levanta sérias suspeitas sobre a legalidade dos descontos e a atuação da advogada em defesa da confederação.