Congresso exige exame toxicológico para motoristas de carros e motos (Categorias A e B)
Derrubada de veto na LDO torna obrigatório o teste para obtenção da primeira CNH, incluindo veículos de passeio; Parlamento também manteve o BPC para deficiências leves
Por Administrador
Publicado em 05/12/2025 10:00
Notícia
Em sessão marcada pela análise de vetos, o Congresso Nacional manteve três vetos presidenciais e derrubou um após acordo entre governo e oposição. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O Congresso Nacional, durante sessão de apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 nesta quinta-feira (4), derrubou um veto presidencial que resultou na obrigatoriedade do exame toxicológico para a primeira habilitação de motoristas das categorias A e B da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

 

Até então, o exame era exigido apenas para condutores das categorias C, D e E (transporte de carga e passageiros). Com a rejeição do veto, todos os motoristas de carros, vans e motos de passeio (A e B) deverão apresentar resultado negativo no exame toxicológico para adquirir a primeira CNH. Nas categorias C e D, o teste continua sendo obrigatório também nas renovações.

 

O veto derrubado estava ligado à Lei 15.153 de 2025, que destina o uso de multas de trânsito para financiar a CNH de pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único.

 

Outros vetos analisados

 

O Parlamento manteve e rejeitou outros dispositivos vetados, muitas vezes por meio de acordo entre o governo e a oposição:

 

Benefício de Prestação Continuada (BPC): Foi mantido o veto do Executivo que impedia a limitação da concessão do BPC apenas a deficiências moderadas ou graves. Com isso, fica permitida a concessão do benefício também para pessoas com deficiência considerada leve. O BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de pobreza.

 

Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais: Foi mantido o veto que derrubava o dispositivo que previa a consulta pública dos dados de condenados por crimes sexuais por 10 anos após o cumprimento da pena. Com a decisão, a lista dos condenados permanece aberta apenas enquanto durar o cumprimento da pena.

 

Isenção de Taxas da Embrapa: Foi rejeitado o veto integral ao projeto de lei que isentava a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do pagamento de taxas e contribuições cobradas por órgãos reguladores. A derrubada do veto implica que a isenção será sancionada como lei, facilitando a inovação no setor agropecuário ao reduzir os custos da estatal, apesar das preocupações do governo com o impacto orçamentário.

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